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José de Moura Basto destacou-se na sociedade de Amarante, não só pela sua condição económica como jovem abastado, mas também pelo espírito empreendedor. Desde cedo, envolveu-se na vida ativa, estabelecendo uma indústria de vinhos engarrafados que carrega o seu nome e é reconhecida, ainda hoje, a nível nacional e internacional.
Devido ao sucesso e à popularidade dos seus vinhos, José de Moura Basto decidiu investir seriamente na sua marca e no mercado de vinhos. Em 1944, ano em que se fez a primeira inscrição no livro de atas, a empresa foi oficialmente registada, dedicando-se ao setor vinícola português, especialmente à produção de vinhos verdes – uma das categorias de vinhos mais apreciadas em Portugal e além-fronteiras.
Documentos de 1944 indicam que José de Moura Basto solicitou uma pequena ampliação para a sua adega no Lugar da Devesa, em Amarante, sugerindo que esta já existia antes daquela data. Situadas em Amarante – uma região de fortes tradições e condições ideais para o cultivo de vinho verde – as Caves Moura Basto desempenharam um papel crucial na valorização e promoção deste tipo de vinho no mercado nacional.
A visão empreendedora de José de Moura Basto permitiu que as Caves Moura Basto se destacassem pela produção de vinhos com identidade regional. Esta indústria, além de ser um marco em Amarante, contribuiu significativamente para a economia local, proporcionando sustento a várias famílias e enaltecendo o nome da cidade.
Com o passar dos anos, as Caves Moura Basto expandiram e ganharam prestígio, recorrendo a tecnologias de ponta. Exemplo disso foi a construção de um alambique em 1953 e a remodelação e expansão das instalações em 1964. Após algumas mudanças, em 1978, José de Moura Basto vendeu as Caves, que passaram por diversos proprietários até que, em 2006, foram adquiridas pelo Grupo Enoport Wines, onde permanecem até hoje no portefólio da empresa.